Friday, July 11, 2008

Nunca me senti tão estranha e invulgar. O que mais preciso neste momento é passar despercebida entre os outros que são tão iguais. E o que mais queria era que te apercebesses que mesmo querendo que não me vejas, estou aqui e não iria faltar. Esperaste tu e esperámos os dois por hoje ao longo de todos estes meses que nos conheceram.
Descontrolo-me com todos os sons que não pertencem a esta ligação que tu criaste.
Quase que ouço as tuas lágrimas de choro caírem. Quase que ouço a tua respiração e o teu corpo a merecerem a dor. A dor do peso.
Isto é demais para mim. Não consigo estar aqui sem chorar.
Esperaste. Lutaste tanto e eu tive a paciência de lutar contigo.
Um dia vais senti-me. Um dia vais ver-me sentada aqui do alto. Hoje não. Porque tens o peso em ti e tens toda a tua vida com ele. Mas um dia, voltarás a passar por aqui e vais ver-me. Um dia vais acreditar que sinto metade (a mais) do que sentes durante estas horas.
Quando tudo passar, podes contar-me quantas lágrimas choraste. quantas vezes caíste. E quantas vezes pensaste no medo de pensar em desistir. Podes contar-me.
Eu. Se pudesse sentiria metade do caminho por ti. Se pudesse iria ao teu lado durante todas estas horas. E se pudesses ter uma mão livre, seguraria nela durante todo esse tempo.
Sinto-Te como Tu Te sentes.
Ps. voltarei a sentar-me aqui, sempre que puder, de dois em dois anos.