Thursday, March 27, 2008
As paredes estão a ficar gastas e a casa cheia de pouco vento. Ainda bem que existe uma frecha naquela telha. E os móveis ainda não têm pó. Mas a casa está cansada. Cansada de te abrigar, e a ti pouco importa que não a arejes, que passem nela sempre os mesmos ventos estáticos. Pelo quarto, pela sala, e por aquela antiga e tal janela. Aquela que sempre abríamos para fazer amor.
Monday, March 24, 2008
Pincelou gotas de águas diferentes, mas de tons semelhantes numa máscara de madeira. Pena que a madeira absorve das águas tudo o que elas têm. Nem tom, nem semelhança ficou visível. Bebeu a primeira e a segunda e todas as outras gotas que nela foram caindo por sorte da criação. O humano não bebe todas as gotas, o humano escolhe as gotas pela sua transparência e pureza. Não pensando que a sua exigência é feita de desconhecimento, o humano quer sempre o melhor para si. O humano só canta quando ninguém o ouve, para que não ouça o maldizer até da última gota menos transparente e menos pura.
Wednesday, March 5, 2008
Como Água para Sal
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