Encontrei uma palavra,
ao varrer o rés-do-chão,
numa poeira de letras que se nadavam pelo ar.
Sonho não da ponto sem nó.
E qual o meu espanto?!
Ilusão é um nó cego que se amarra na minha cave pensadora.
A chuva de verão fez de mim sol diamante
e fechou-me na minha própria vida.
Criei uma obra de arte prostituta,
droguei-me de confianças insuficientes.
Deambulei por cenários roubados e usei-os.
Não sei como, mas morri em cada um deles.
E nasci… em cada gesto pecador.
Telefonei a toda uma lista de preconceitos.
Matei toda uma água que me envenenou
apenas por a olhar e encontrar só versos transparentes…
Menti! Menti a todas as horas que fizeram de mim sala de visitas.
Agora, viajo de malas e bagagens para fazer estragos encantados noutra vida.
Vou amar cada passo que der em nós…
Vou dar um nó em nós…
Sem ser cego,
e dar ponto,
E fazer depois um laço secreto e grande.
Para só tu veres e desapertares se quiseres.
Wednesday, April 25, 2007
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